segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Caravana da leitura com João Cheroso e João do Céu


Bate na porta da escola
Mais um grupo querendo espaço
E inicio de ano, tem prova
E os professores demonstram cansaço
E agora o que fazer?
Como despachá-los sem nem um embaraço?

Mas neste momento
Preste muita atenção
Não se trata de um grupo qualquer
E antes que você diga não
Nossa pesquisa é o lúdico
Eureca é cultura e educação

A Caravana da leitura
É o nome do nosso projeto
Aimportância do livro e leitura
Num teatro com dedicação e afeto
E os cuidados com escola
Desde o piso ao teto.
Todo dia a escola se reinventa
E os alunos com muita garra conduz
Para apoiar neste papel tão importante
À escola trazemos uma luz
A história mais linda do mundo
Ou o nascimento de Jesus

Uma narrativa muito bem contada
Através da literatura de cordel
Por dois personagens populares
João Cheroso e João do Céu
Nas ruas de Macapá
Vendendo livro e não pastel


Ainda há dúvida na sua mente
Então preste atenção no que vamos dizer
Amazônia Encena na Rua
Um festival Nacional que vamos engrandecer
Nele fomos o mais aplaudido
E fizemos por merecer

Para a dúvida não persistir
Somos um ponto de leitura
Reconhecidos nacionalmente
Pelo Ministério da cultura
Que já visitou mais de cem escolas
Com dedicação e bravura

A metodologia é muito simples
O dia quem vai dizer é você
Marque uma data em nossa agenda
E é só aguardar o que vamos fazer
Chegamos em caravana
Cento e cinqüenta é o nosso cachê

E se escola estiver no vermelho
Sem um dinheirinho pra pagar
Pode agendar sem complicação
Pois o chapéu podemos passar
A criança leva um panfleto para casa
É o pai quem vai pagar

O panfleto é bem singelo
Solicita uma contribuição
O aluno traz sua moedinha
E a criança que não tem condição
Participa da mesma forma
Sem qualquer descriminação

Acredite diretor ou coordenador
Sua escola só tem a ganhar
Não será um momento perdido
Mal do projeto ninguém vai falar
Onde quer que o projeto vá
Só de coisas boas conseguimos lembrar

Para que tudo de certo
Pedimos apoio do professor
Acompanhando seus alunos
Como faz todo dia com amor
Em mais este momento importante
Quão valioso é o Educador!

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Formando platéia

         Nosso encontro foi marcado com muita gente bonita, muitas risadas e muita bochinha. Não apresentamos no dia 6, o tempo foi nosso inimigo, mas dia 7 foi bem legal, uma platéia maravilhosa composta pelos feirantes da casa do artesão, vistintes e muitos amigos convidados através do Fecebook (essa ferramenta tem ajudado bastante). Ganhamos muitos abraços e algumas reclamações dos que esperavam um coquetel fino e não um coquetel de Bolachinhas (risos, muitos risos), foi muito ilário e muito discontraído. não podemos deixar de mencionar o chapéu que foi bem rechonchudo.
sabemos que podemos contar muitos amigos e pessoas que gostam do nosso trabalho, sabemos que sempre vamos ter alguém para dividir a rua com a gnete. Obrigado a todos. Eureca.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Confirmado dia 5 e 6 (sexta e sábado) Amigos em arte na rua.

Ta confirmado, vamos nos encontrar na frente da casa do artesão neste coquetel em comemoração ao sucesso da apresentação da encenação de rua "João do Céu João Cheroso vendendo cordel" no Festival Amazônia Encena na Rua, Porto Velho/RO.
Quem quiser levar cadeiras, esteiras, almofadas, etc., podem ficar a vontade. Vamos nos deleitar e ficar de boa com os amigos, será um prazer para o grupo compartilhar esse momento com todos.
Agradecimentos: Cia Cores na Rotunda, Cia Supernova, Oi noz aqui Traveiz, Padaria do Xuchú (chuchú com x por que é de nome próprio) e amigos da rede de amigos do Face de Joca Monteiro,Elder de Paula e amigos de amigos(vamos nos cutucar pessoalmente), que são as pessoas que mais ajudam a divulgar nosso trabalho. Obrigado.
Realização: Grupo Eureca e Coletivo de Artistas, Produtores e Técnicos em Teatro do Amapá - CAPTTA.  

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Apresentação em Rio Branco/AC

Em Rio Branco fizemos uma apresentação na Feira, foi uma experiência muito válida. Na feira é muito mais difícil segurar as pessoas para assistir, afinal não saíram de suas casas para ver teatro e sim para fazer compras e é bem provável que algumas pessoas deixaram alguma panela no fogo.

Nesta apresentação tivemos uma platéia em rotação, foram poucos que ficaram do início ao fim, a não ser os feirantes e outros ambulantes que por ali trabalhavam. Com esses feirantes aprendemos a ser um pouco mais audaciosos, eles têm a arte de gritar e chamar a atenção. Depois falamos sobre isso, vamos nos fundamentar.

Temos que visitar outras feiras para entender como é que funciona essa platéia diferente e como atraí-las, da forma como fazem esses vendedores populares que conseguem segurar uma roda no meio da feira afim venderem pomadas e sabonetes para pano branco. Qualquer dia desses você vai ver "João do céu e João Cheroso" em umas dessas feiras de Macapá, vendendo cordel. Vamos divulgar para você aproveitar esse dia para comprar cheiro verde e ver teatro na Feira.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Noticias do Amazônia Encena na Rua - Porto Velho/RO


Funcionou, a energia que levamos da nossa platéia de Macapá funcionou perfeitamente, aí juntou com a energia daquela platéia linda de Porto velho e foi Maravilhoso. 
Não esperávamos tamanha repercussão. Afinal éramos apenas dois atores diante de uma platéia estimada em 800 pessoas, em um teatro semi-arena que lembrava o coliseu. Parecíamos duas formiguinhas em meio a um mundaréu de gente. Medo? Não! Apenas um friozinho na barriga. Desistir? Jamais, tínhamos a certeza que em Macapá nossa pequena platéia acreditava em nós e não íamos decepcionar.
Anunciaram: Grupo Eureca de Macapá apresentando “João do Céu e João Cheroso vendendo Cordel”, e a surpresa, entramos pelo lado oposto, invadimos a platéia e nos sentimos na roda. Parecia que todos estavam pertinho. Ai Juazeiro! Todos vibrando e cantando com a gente. Gargalhadas de onde não esperávamos. Muita interatividade, muitas crianças felizes e adultos como crianças.
Nosso cenário móvel e nossos adereços foram muito elogiados, nosso texto “limpo e agradável” disse uma mineira, não deixou a desejar (texto do joça), no final abrimos a bilheteria e foi maravilhoso ver tanta gente levantando lá da ultima arquibancada e depositar seu “ingresso” dizendo: Parabéns, Obrigado, Muito Lindo! Fui as lágrimas; me contive pois eram muitas as fotos. Muita gente registrando, querendo levar um pouquinho desses amapaenses para casa. Compraram todos os cordéis, até os cenográficos.
E depois no encontro com os demais grupos, grupos maravilhosos de teatro de rua, como Rosa dos ventos e Oigalê – SP; não dava para acreditar que todos aqueles elogios eram para nós.
Aprendemos muito, representamos muito bem o nosso Estado, dois atores amapaenses da gema, que fizeram sua pesquisa e construíram seu trabalho com o próprio suor, atores que foram humilhados em frente aos gestores de Cultura desses Estado – SECULT .“...não é cultura do Amapá” disse o Banha e o Zé Miguel”.  E nós somos o que? Amapaenses, nascidos no hospital da mulher Mãe Luzia, cidadãos que escolheram o teatro como profissão e que representaram o Amapá em um Festival de repercussão nacional levando cultura popular Brasileira “Cordel” e que não tiveram nem um apoio desta secretaria citada. Esta ai nossa resposta, esta registrado, agora é só divulgar.
Nosso agradecimento especial, ao CAPTTA que esteve no evento representado pelo Claudio Silva (oi Nóz aqui travez)  e Aldenir Rodrigues (Eita nós), a Cia Cores na rotunda que muito nos incentiva com dicas e apoio funcional, a Cia Super Nova que não mede esforços para estar presente com a gente e a PLATÉIA que desde as leituras nas paradas de ônibus nos acompanha.

A presença do Eureca foi marcante também no cortejo que reuniu todos os artistas do Festival em uma grande Festa. O Elder levou o Fu e o Joca levou o mágico Bolin Brook. Foi muito Engraçado. resultado pela manhã estampávamos a capa do jornal.

Nossa resposta para nossas angustias no processo é a seguinte: Precisamos acreditar em nosso potencial. Isso basta para que tudo ocorra bem? Não! É preciso o apoio do amigo, da platéia. Nossa busca agora é formação de platéia. Convidamos você que gosta do trabalho a convidar outros amigos a fazerem parte deste processo conosco. E vamos que vamos!!!!

Próximo encontro: dias 5 e 6 (sexta e sábado) de agosto
Quando?: 19:00 horas
Onde?: Casa do artesão
Um braço bem gostoso do Joca e do Elder.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

E la vamos nós!!!! (fotos de Maksuel Martins)

Apresentação ou ensaio, ensaio ou apresentação. Que linguagem que estamos buscando e que respostas já temos?


Ontem (14), apresentamos um ensaio ou ensaiamos uma apresentação (eita). A plateia estava linda e nos recebeu muito bem, assim como nossos erros. Nossa história de processo nos permitiu usar os erros como pretexto. Resultado: grupo e plateia felizes com o trabalho. Chegamos a conclusão de que a apresentação ou ensaio aberto que virá não nos pertence, ela vai ser única daquele momento.

Tiveram coisas novas em cena mas isso não foi problema, algumas surpresas, alguns brancos e o jogo do improviso entrando fazendo arte.

A rua é nosso palco, nossa bilheteria é nosso chapéu, a plateia é para todos; para o amigo convidado, para o feirante que esta trabalhando, para os meninos engraxates, as famílias que passeiam, os namorados, para o da gravata e para o maltrapilho, sem discriminação chegamos e saímos com muitos rostos felizes.

Nossa bilheteria é exatamente quanto vale nosso show, e os depósitos no chapéu só é feito por quem esta realmente gostando do trabalho, ou seja é depositado muito mais que dinheiro. Não é contribuição ou doação, é ingresso.

Com essa energia pretendemos apresentar nesta sexta(15, 20:00hs) e no sábado (16, 19:00hs). Mesmo local: Casa do artesão.

Sobre o tema que iniciamos essa resenha, vamos responder durante esta semana, tem muita coisa para aprender, muita gente para alegrar, muitas moedas para ganhar e aplausos para alimentar o ego do artista.

Estamos felizes, temos uma pesquisa boa, um espetáculo de rua lindo, estamos a caminho do “Amazônia Encena na rua” Porto velho/RO, vamos trocar experiências com os rueiros do Brasil (RBTR), os rueiros da Floresta e com os audaciosos amigos do “O Imaginário”. Também já temos nossas passagens garantidas para o Encontro da rede brasileira de teatro de rua – RBTR que acontecerá em Teresópolis/RJ e vamos levar na mala toda energia da nossa plateia amapaense que a cada dia nos encanta e nos ensina um novo fazer na rua.

Agradecemos muito ao Coletivo de Artistas Produtores e Técnicos em Teatro do Estado do Amapá – CAPTTA, que é a entidade que acredita em nosso trabalho e nos apoia, pois uma mão lava a outra e as duas plantam bananeira.

Enquanto aos gestores de cultura de nosso Estado, fica aqui uma banana plantada por todas as mãos deste Coletivo, pois a única reposta que tivemos depois da solicitação de apoio foi as seguintes palavras “Não é cultura do amapá!” – E nós somos o quê?
Mais ainda vem chumbo por ai, enquanto houver taboca é flecha neles!


Nos ajudem a divulgar essa trabalho que traz uma linguagem própria, de artistas amapaenses que acreditam que a cultura tem seu papel social e que na rua, nosso fazer não termina no proscênio do palco e ele alcança além do que se espera.


Abraços
Joca Monteiro,
Sempre Boboca
e
Elder de Paula.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Agora é pra valer!!!!


É com muito prazer que o grupo Eureca convida todos os amigos para 3 noites de cultura na rua. João do Céu e João Cheroso estão com todo o gás. O trabalho que timidamente iniciou com as leituras nas paradas de ônibus, nos ensaios abertos em várias praças da cidade, agora ganha forma e uma linguagem autêntica. Venha conferir.
Casa do artesão
Dias 14, 15 e 16. (quinta, sexta e sábado)
20:00hs

sábado, 25 de junho de 2011

REDESCOBRINDO A RUA

      Já citamos em outras postagens, como esta sendo gratificante, emocionante, interessante, enfim uma experiência valiosa a pesquisa de um novo fazer na rua. Agora queremos afirmar que ao tentar realizar o máximo que poder das etapas do processo de montagem de um espetáculo de rua na rua, é um aprendizado muito grande. 
          Nossas ultimas experiências foram emocionantes. Descobrimos desta vez a "opressão", talvez não seja esta a palavra a ser usada, mas no momento é como definimos a responsabilidade de estar na rua em um ensaio e pressão da apresentação; percebemos que deixava-mos a vibração da platéia nos contagiar de tal modo que "esquecíamos" de ensaiar, de se permitir errar. 
       Isso tem que ficar muito claro: É ensaio! é momento de construir, gostamos muito da idéia de ter o texto como pretexto, mas sem fundamento e solto não fica bom. 
          E agora que descobrimos que estávamos viciados nessa energia e não conseguíamos crescer nas marcas e intenções. Não foi fácil deixar de lado a apresentação, ainda esta sendo delicado trazer o processo de um ensaio fechado para o espaço aberto. já avançamos muito, ainda estamos nos contendo, já nos pegamos querendo corrigir ou indicar um erro do parceiro, mas por parecer grosseria para a platéia que não esta habituada, puxamos o freio. Até mesmo aquele "pega pra capar" comum no processo de criação evita-se, ainda não sei ao certo se é bom ou mal, vamos descobrir.


             Nosso ultimo ensaio realizamos em dois pontos do centro da cidade, no Lugar Bonito e em Frente a Casa do artesão, concentramos um número muito bom de pessoas nos dois lugares. Eis o destino nos ensinado. No primeiro mal tínhamos iniciado e um a pagão aconteceu e toda a praça ficou um breu. No segundo a chuva desabou na metade do ensaio. Mas foi muito válido. Descobrimos que temos que abrir a bilheteria ainda no inicio da apresentação; e foi muito bom ouvir da platéia aquele "aaahh!!"(que pena).




UMA ARTE A PARTE




     JOCA BOBOCA SURGIU EM 2004 COM A SEMANA DO LIVRO INFANTIL REALIZADA PELO GRUPO EURECA, DAI CRIOU-SE A CARAVANA DA LEITURA E O JOCA LEVA ATÉ HOJE PARA AS CRIANÇAS NAS ESCOLAS, EVENTOS E FESTAS INFANTIS A MAGIA DA POESIA EM UMA LINGUAGEM LÚDICA.
    NÃO É UM SIMPLES ENTRETENIMENTO, AS CRIANÇAS ALÉM DE SE DIVERTIREM, APRENDEM E TÊM UM MOMENTO CULTURAL DINÂMICO INTERATIVO QUE NÃO ESQUECEM.
       O GRUPO EURECA É UMA EQUIPE PROFESSORES, LEVE QUALIDADE PARA SEU EVENTO INFANTIL.

TEATRO TEMÁTICO
ANIMAÇÃO CULTURAL
POEMA PARA INFÂNCIA
PINTURA NO ROSTO
CIRCO: MALABARES, PERNA DE PAU, MONOCICLO E CORDA INDIANA.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Eeeeeeeee!!! Estamos no Amazônia Encena na rua 2011- Porto Velho/RO


OBA!! SAIU A PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL E OLHA NÓIS AE!!!!
PROGRAMAÇÃO
Dia 18
18 horas – cortejo de abertura (concentração Praça das Caixas D´água)
19 horas – abertura oficial do Amazônia Encena na Rua 2011.
20 horas – Meu Boi Precioso
Ponto de Cultura Ponto de Início – Porto Velho – RO
21 horas – Saltimbembe Mambembancos
Grupo de Circo e Teatro Rosas dos Ventos – Presidente Prudente – SP
Dia 19
19 horas – MEU RIO
Grupo QuebraCabeça – Porto Velho – RO
20 horas – Umas e Outras
Cia. Aqueles Dois – Cuiabá – MT
21 horas – A Farsa do Advogado Silva e Santos
Cia do Lavrado – Boa Vista – RR
Dia 20
19 horas – “Exercício número II - Bufo e Zitinha”
EntreAtos Companhia de Arte – Belém - PA
20 horas – O Casamento da Filha de Mapinguari
Cia Vitória Régia – Manaus - AM
21 horas – João Cheiroso e João do Céu vendendo cordel
Grupo Eureca – Amapá – AP
Dia 21
19 horas – O que é o amor
Os Tawera – Tocantins – TO
20 horas – O dragão de Macaparana
Cia de Artes Fiasco – Porto Velho – RO
21 horas – A Máquina do Tempo
Oigalê – Cooperativa de Artistas Teatrais – Porto Alegre – RS (Oigalê é patrocinado pela Petrobras)
 Dia 22
19 horas – Palita no trapézio
Cia. MiraMundo Produções culturais – São Luiz - MA
20 horas – Arigó
Grupo Metaeufóricos – Guajará-Mirim – RO
 21 horas – As Mulheres de Moliere
Cia. Visse e Versa de Ação Cênica – Rio Branco - AC
Dia 23
19 horas – Esse lugar é Meu e Uma valsa
Grupo Locombia de Teatro de Andanças – Boa Vista - RR
20 horas – Eu aqui brigando com o Mundo e Vocês aí fazendo Palhaçada
Cia EntreAtos – Belém - PA
21 horas – A farsa do Advogado Pathelin
Grupo de Circo e Teatro de Rua – Presidente Prudente – SP
Dia 24
19 horas – Procura-se
BRSA – Coletivos de Artistas – Brasília - DF
20 horas – Atrapalhaças!
21 horas – O Negrinho do Pastoreio
Oigalê – Cooperativa de Artistas Teatrais – Porto Alegre – RS – (Oigalê é patrocinado pela Petrobras)

Processo na rua

Foi sábado (4), uma nova experiência em nosso ensaio na rua. Descobrimos que podemos criar um trabalho muito bonito, pois ainda estamos ensaiando e sabemos que muito tem para se construir, porém a platéia que esteve no ensaio foi de uma energia contagiante e realmente parecia para eles que tudo já estava pronto, isso significa que até lá na estréia ainda vai crescer muito.
As gargalhadas foram muitas, a participação da platéia foi empolgante, descobriu-se que este trabalho pode ter uma participação maior do público, que não só as crianças querem brincar, os adultos também. Todos queriam segurar o guarda sol com os penduricalhos do jaó do céu.
Testamos outros objetos em cena, e na resposta da platéia que sabemos se eles têm função ou não. Isso é bom, pois ainda vamos levar muita coisa pra cena, testar, o que funcionar fica e assim vai se construindo.
Foi muito interessante ver que muitos estavam encantados com o fato de ser apenas ensaio. Uma linguagem diferente, ouvir alguém na platéia dizer “errou faz de novo”, ou repetir a cena e causar um impacto diferente, é algo para se estudar. Enfim muitas são as possibilidades queremos brincar o máximo com elas junto com a platéia, pois é muito divertido ensaiar com eles. Definitivamente a rua é o nosso processo.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O show já começou

A intenção e sentir o cheiro do asfalto; o sol do espaço aberto; o calor de uma parada de ônibus, a rejeição de alguns e o encantamento de outros; causar estranhamento na saída do colégio ou da missa; fazer no centro e na periferia, para o engravatado e para o maltrapilho;  e com esses elementos construir um trabalho genuinamente de rua.
Normalmente o grupo se fecha em um espaço, monta o trabalho e depois segue para o espaço aberto. Por que não ensaiar na rua ou pintar o seu cenário aos olhos de todos? A experiência é nova, intimista não só para a platéia, mas principalmente para o ator e todos que fazem parte do processo.

Existe uma barreira que separa o ator em seu estado de ser eloqüente, indumentado com mascaras e acessórios, preparado com um texto e pretexto, pronto para se fazer ver, ouvir e sentir e entre o seu estado “comum ou normal”, um ser que também tem medo do toque inesperado, e que se constrange  com aproximação que invade seu espaço; essa barreira é quebrada no momento que o ator vai construir cara a cara com sua platéia, onde se permite errar e voltar a cena, se permite experimentar as várias intenções possíveis do texto. Esse processo é no mínimo desafiador e certamente recompensador; além de acelerar a intimidade do trabalho com o seu público, permite também que os envolvidos cresçam esteticamente e descubram uma linguagem única que será a característica do trabalho em questão.  
A verdade é que para nós tudo ainda é dissertação, é experimento, só vamos poder realmente falar com propriedade e fundamento quando o trabalho estiver estreado de fato e obtivermos nossas impressões, enquanto não chegamos neste ápice, temos a consciência de que nosso processo é uma arte a parte e isso já nos realiza pois nos tira o peso da estréia ou de realmente concluir o trabalho, pois sabemos que o show já começou.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Nosso estandarte

Xilogravura

A xilogravura é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado.
Para fazer uma xilogravura é preciso uma prancha de madeira e uma ou mais ferramentas de corte, com as quais se cava a madeira de acordo com o desenho planejado.
É preciso ter em mente que as áreas cavadas não receberão tinta e que a imagem vista na madeira sairá espelhada na impressão; no caso de haver texto, grava-se as letras ao contrário.
Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta espalhada com a ajuda de um rolinho de borracha. Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de papel sobre a prancha entintada e fazer pressão manualmente, esfregando com uma colher ou mecanicamente, com a ajuda de uma prensa.
Como podemos constatar, é uma técnica bastante simples e barata; por isso se presta tão bem às ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Para termos uma idéia desta simplicidade, basta saber que os gravadores nordestinos fabricam suas próprias ferramentas de corte com pregos e varetas de guarda-chuva, por exemplo, para conseguirem diferentes efeitos no desenho. 
As xilogravuras dos cordeis recitados em "João do Céu e João Cheroso" serão exibidos através de uma ferramenta antiga, muito conhecida dos professores, o Cineminha. Uma espécie de quadro móvel com um rolo de ilustrações em tecido ou papel que vão sendo exibidas de acordo com a estória contada.